MÍDIAS NA EDUCAÇÃO: UM BENEFÍCIO OU UM MALEFÍCIO PARA OS NOSSOS ALUNOS?
A área da educação está cada vez mais ampla. Antigamente só estudava quem podia, os livros didáticos eram comprados, nada vinha de graça. Para fazermos nossos trabalhos escolares, nosso único meio era a biblioteca, onde pesquisávamos tudo na famosa “Barsa”. Nossa! Lá sim tinha tudo o que procurávamos! Hoje em dia tudo mudou. Os alunos recebem tudo de graça, desde materiais escolares até livros didáticos. Os livros de pesquisas foram trocados pela internet, ficou tudo mais fácil e prático. Mas até que ponto essa tecnologia está sendo desenvolvida realmente para fins de aprendizado? Está muito complicado levar os alunos na sala de informática para realização de pesquisas, para eles um computador não passa de um brinquedo ou um entretenimento.
Acredito que a maioria dos alunos não está levando a sério os estudos, pois esse avanço tecnológico pode ter auxiliado sim na educação, mas acho que está sendo muito mais prejudicial do que bom. Não precisa mais “bater cabeça” pesquisando em livros, procurando, tudo está ali em apenas um clique do mouse. E até que ponto o que se procura é realmente o que se quer não sei, mas está ali. O “Dr. Google” é o mentor desses alunos, é ele que soluciona os problemas, é nele que eles acham tudo, desde pesquisas escolares até jogos, aplicativos e demais coisas de seu interesse. Nós educadores, estamos fracos perante essas máquinas, não sabemos mais como lidar com elas para fins escolares, tem muita coisa para os educandos mais interessante que conteúdos e informações que ajudariam no processo de ensino-aprendizagem. Aí então concordo com Setzer, que diz: “O que o computador preenche de maneira mecânica, a gente tenta preencher de maneira humana”, mas não é o suficiente para eles, parece que tudo está mais interessante que um professor na frente da sala de aula explicando, é como se explicássemos para as paredes ás vezes.
Na minha área, por exemplo, fica complicado dar um trabalho para ser realizado em casa. Sou professora de Inglês, e na sala de aula ainda consigo os fazer pesquisarem no dicionário, mas em casa pode ter acesso ao tradutor da internet, claro, é muito mais cômodo, mas não ocorre aprendizado assim, é só digitar o texto no computador que em menos de um minuto está pronto. Não se forma vocabulário nenhum ali, pois eles não sabem o que realmente cada palavra significa, e muitos nem leem o texto, só copiam e colam e pronto, tarefa feita, mas aprendizado zero. Mas tudo bem, as mídias e tecnologias vieram com tudo e estão dominando o ambiente escolar, vamos ter que achar um jeito de fazer com que os computadores, por exemplo, sejam usadas para fins de aprendizado, e não somente para a futilidade.
Graciane, tuas colocações são muito pertinentes e acredito que povoam os pensamentos de todos nós educadores desta geração. Logicamente observamos a destreza com que nossos educandos manejam qualquer ferramenta tecnológica, mesmo que seja um lançamento, porém eles não conseguem separar informações úteis das inúteis, como falaste, preferem copiar algo pronto do que refletir sobre a resposta, e por aí vai...Penso que a resposta para isso está na valorização do educador, é importante que os alunos nos vejam como orientadores, não como os detentores do saber como antigamente no tempo da "Barsa", mas como aqueles que os ajudarão a selecionar, analisar e que pensar e refletir ainda são essenciais apesar das mudanças.
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